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domingo, 30 de setembro de 2012

A Bíblia e as Missões

Artigo
 
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo Diocesano de Guarabira
Secretário da CNBB - Regional Nordeste 2


Neste último domingo do mês de setembro, com toda a Igreja Católica no Brasil, celebramos o Dia da Bíblia. Um estímulo a valorizarmos ainda mais a Bíblia, na qual encontramos a Palavra de Deus. Neste ano, o Dia da Bíblia é celebrado mesmo no dia 30, dia da festa de São Jerônimo, grande servidor da Sagrada Escritura. A Palavra de Deus desvela a nossa vocação e missão. Assim, iniciamos o mês de outubro, mês das missões, recordando Santa Teresinha, padroeira dos missionários, no dia 01, uma jovem cheia de zelo missionário que mantinha contato, por cartas, com muitos missionários em várias partes do mundo. A missão na Igreja é evangelizar o mundo. Evangelizar é anunciar o Evangelho àqueles que o desconhecem. O anúncio se faz por meio da pregação e do testemunho de vida. Na Palavra, encontramos a razão de nossa esperança e o sentido de ser e viver como cristãos e missionários, discípulos e servidores da Palavra de Deus na Missão da Igreja. No mês missionário recordamos os Santos Anjos da Guarda, no dia 02; os Bem-aventurados Pe. André de Soveral, Pe. Ambrósio e 28 leigos, martirizados pela defesa da fé no Rio Grande do Norte, no dia 03; São Francisco de Assis, no dia 04; São Benedito, o negro, homem simples e humilde, no dia 05; Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, no dia 12; Santa Teresa de Jesus, mulher dotada de muita inteligência e grandeza de alma, no dia 15; Santo Inácio de Antioquia, fervoroso no espírito apostólico, no dia 17; São Lucas, Evangelista, padroeiro dos médicos, no dia 18; São Paulo da Cruz, une a contemplação do Crucificado à obra da evangelização, no dia 19; Santo Antônio de Sant´Ana Galvão, instrumento de caridade e paz no meio dos irmãos, no dia 25; São Francisco Xavier, padroeiro das missões, no dia 31. Outubro, além de ser o mês das missões é o mês do rosário, a contemplação dos principais mistérios da nossa fé. Neste ano, no próximo dia 11, será aberto pelo Papa Bento XVI o "ANO DA FÉ", no cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II e aniversário de vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, e terminará na Solenidade de Cristo, Rei do Universo, em 2014. A fé é nossa resposta de adesão a Deus, que se manifesta em nós. Em outubro, também, haverá, no dia 07, as eleições para prefeito e vereadores em todo o Brasil, na esperança que todos votem conscientes e livres; em Roma, de 07 a 28, acontece o Sínodo dos Bispos sobre o tema: "A nova evangelização para a transformação da fé cristã"; e na nossa Diocese de Guarabira, a semana missionária, de 14 a 21; a Semana da Juventude, de 21 a 27 e a 2ª Jornada Diocesana da Juventude-JDJ, no dia 28, Dia Nacional da Juventude, com o tema: "Juventude e Vida" e o lema: "Qual vida vale a pena ser vivida?", tendo em vista a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em julho de 2013, no Rio de Janeiro, com a presença do Papa. Enfim, tendo escutado a Palavra de Deus, intercedido a Nossa Senhora Aparecida, Santos e Santas, façamos crescer nossa fé e despertemos o ardor no cumprimento do mandato divino: "Ide, pois, fazei meus discípulos todos os povos" (Mt 28,19).


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

II JDJ



A II JDJ – Jornada Diocesana da Juventude 2012, da Diocese de Guarabira, no próximo dia 28 de outubro, no Colégio Estadual de Guarabira, já vive sua preparação com reuniões do Setor Diocesano da Juventude, Pastorais e Movimentos das Paróquias de Guarabira e Semana Missionária em cada Paróquia. Para o dia 28, está sendo planejada uma extensa  e animada programação para a juventude em geral e a comemoração do aniversário do Terço dos Homens da Catedral. O lema do II JDJ é “Qual vida vale a pena ser vivida!” e o tema: “Juventude e Vida”. Toda a juventude está convidada a participar.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Viagem Missiónária à Amazônia

Artigo

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo Diocesano de Guarabira
Secretário da CNBB - Regional Nordeste 2



É preciso compreender a Amazônia. Um patrimônio do povo brasileiro e um dos maiores biomas do mundo. Além das florestas, dos rios imensos, existem comunidades de pessoas nativas, que sobrevivem com muita garra, mas precisam de apoio fraterno de todos os brasileiros. Não é suficiente acolher as informações e análises sobre a Região Amazônica. É preciso se envolver com a Amazônia. O contato com os valores da Amazônia serve para aprofundar a solidariedade para que todas as pessoas convivam com as condições de vida, próprias da região. Ao participar da V Viagem Missionária à Amazônia, de 27 de agosto a 04 de setembro de 2012, com mais onze irmãos no episcopado, na condição de convidado do Ministério da Defesa, tive a oportunidade de conhecer o trabalho das Igrejas Particulares e das Forças Armadas Brasileiras presentes na Amazônia. Instituições que tem um amor especial pela região. Lutam por uma Amazônia a partir da Amazônia. Estão inseridas, e as decisões são tomadas com a participação dos povos que habitam nessa região. Claro, que são muitos os desafios na defesa da imensa Região Amazônica e na realização de um trabalho evangelizador, missionário e samaritano. Muita coisa já foi feita, mas os desafios ainda são as grandes distâncias geográficas, a migração, as ocupações desordenadas, falta de recursos econômicos, o Estado ausente, as periferias desordenadas, povos desassistidos e abandonados. Os grandes projetos que avançam a qualquer custo, como: hidrelétricas e o agronegócio, destroem a floresta e expulsam as populações tradicionais. Há necessidade da promoção da vida; do combate à violência, ao tráfico, ao uso de drogas e ao trabalho escravo. Esperam da Igreja solidariedade e apoio. As comunidades precisam não só agir naquilo que é necessário para a própria comunidade, mas abrir-se ao trabalho missionário, ajudar na evangelização e a desenvolver atividades sociais. Que as pessoas encontrem Cristo e vivenciem a fé na comunidade. As iniciativas missionárias e ações de promoção humana e solidariedade social são sinais de esperança. A exuberãncia das florestas, com seus rios e flores, lembra que a Amazônia é obra de Deus Criador entregue aos nossos cuidados. Índios e comunidade da região amazônica, com suas crenças, sonhos e esperanças são um convite à superação das dificuldades e à construção de um futuro melhor para a Amazônia, o Brasil e o mundo. Isso requer de todos uma ação missionária. O ser missionário é a razão de ser da Igreja Católica. O mandato foi entregue diretamente por Jesus. Quando Jesus se despediu para voltar para junto do Pai disse aos apóstolos: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado” (Mc 14,15s). Ser missionário é a razão de nossa vida, a inspiração profunda de nossa ação e o segredo da nossa espiritualidade. A Amazônia e o seu povo nos encantam na simplicidade e na fé. Que ações concretas e solidárias possam ser encaminhadas com as Igrejas Particulares da Amazónia. Que a Amazônia esteja dentro do coração e desperte inciativas e ações eficazes de valorização e defesa de toda a região. A Viagem à Amazônia edificou a minha vida pela vitalidade das comunidades eclesiais.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Dom Lucena participa de Simpósio em Recife


 No dia 18 de setembro de 2012, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, Bispo Diocesano de Guarabira e Moderador do Tribunal Eclesiástico Regional e de Apelação de Olinda e Recife-PE, participou do SIMPÓSIO COMEMORATIVO DOS 50 ANOS DO CONCÍLIO VATICANO II E DO ENSINO DE DIREITO CANÔNICO NA UNICAP em seu curso de Direito. Às 8h, a abertura feita pelo Pe. Dr. Pedro Rubens Ferreira de Oliveira, SJ, Reitor da Universidade Católica de Pernambuco; às 8h15, a palestra: Repercussão do Concílio Vaticano II no Direito Canônico, proferida pelo Pe. Dr. Jesus Hortal, SJ; às 9h30, palestra: Poder Judiciário na Igreja, proferida por Dom Fernando José Monteiro Guimarães, CSSR, Bispo Diocesano de Garanhuns-PE e Mestre em Direito Canônico, Doutor em Teologia Moral e integrante do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica; às 11h, palestra: Comparativo entre o poder judiciário brasileiro e o poder judiciário eclesial, Dr. Ubiratan de Couto Maurício, Juiz Federal, Mestre em Direito e professor da UNICAP. A Igreja Católica é uma Instituição. Trata-se de uma realidade constituída por seres humanos e para que eles tenham “a vida em Cristo”. O atual Código de Direito Canônico, tendo os princípios do Vaticano II e exigências do povo de Deus, de um lado, tem a índole jurídica e, de outro, o espírito de caridade e moderação, que é próprio da lei canônica.

Nota de Solidariedade e Repúdio



DIOCESE DE GUARABIRA
Cúria Diocesana

NOTA DE SOLIDARIEDADE E REPÚDIO

 
"Deus vem ao encontro daquele que pratica a justiça" (cf. Is 64,4)

A Diocese de Guarabira-PB torna público a sua solidariedade aos membros do Conselho Estadual de Direitos Humanos - CEDH-PB, presentes na Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecida por PB1, em João Pessoa (PB), no dia 28 de agosto de 2012: Pe. João Bosco Francisco do Nascimento (presidente do CEDH-PB), Guiany Campos Coutinho (membro da Pastoral Carcerária), Socorro Praxedes (advogada da Fundação Margarida Maria Alves), a professora Maria de Nazaré T. Zenaide (Coordenadora do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da UFPB), Valdênia Paulino Lanfranchi (advogada e Ouvidora de Polícia da Paraíba) e Lídia Nóbrega (Defensora Pública da União); e seu veemente repúdio pela prisão arbitrária, sofrida pelos referidos membros do CEDH-PB, sendo liberados após três horas por intervenção do Ministério Público Estadual e da Ordem dos Advogados do Brasil, que no exercício de sua atribuição legal de "ter acesso a qualquer unidade ou instalação pública estadual para acompanhamento de diligência ou realização de vistorias, exames e inspeção", previsto na Lei 5551/92, foram impedidos de concluir a averiguação de denúncias sobre irregularidades naquela unidade prisional - PB1. Há tempo, que urgentes medidas de melhorias no PB1 devem ser tomadas com relação à promoção dos direitos básicos que possibilitem uma ressocialização dos apenados na sociedade e nada é feito. Essa situação exige uma solução urgente e eficaz. Por isso, as autoridades competentes, no cumprimento das leis e não da própria vontade, tomem as medidas cabíveis de direito e dever. Assim, o quadro degradante do PB1 possa ser revertido, e mantido o princípio fundamental de que cada ser humano é pessoa.

 
Guarabira-PB, 18 de setembro de 2012

 
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo Diocesano de Guarabira

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Conheça o Hino Oficial da JMJ Rio 2013




ESPERANÇA DO AMANHECER


Sou marcado desde sempre

com o sinal do Redentor,

que sobre o monte, o Corcovado,

abraça o mundo com Seu amor.

(Refrão)

 Cristo nos convida:

"Venham, meus amigos!"

Cristo nos envia:

"Sejam missionários!"


Juventude, primavera:

esperança do amanhecer;

quem escuta este chamado

acolhe o dom de crer!

Quem nos dera fosse a terra,

fosse o mundo todo assim!

Não à guerra, fora o ódio,

Só o bem e paz a não ter fim.


Do nascente ao poente,

nossa casa não tem porta,

nossa terra não tem cerca,

nem limites o nosso amor!

Espalhados pelo mundo,

conservamos o mesmo ardor.

É Tua graça que nos sustenta

nos mantém fiéis a Ti, Senhor!


Atendendo ao Teu chamado:

"Vão e façam, entre as nações,

um povo novo, em unidade,

para mim seus corações!"

Anunciar Teu Evangelho

a toda gente é transformar

o velho homem em novo homem

em mundo novo que vai chegar.


                    
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Grande evento marca o lançamento do hino oficial da JMJ Rio 2013



Os fieis da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), em especial, os jovens, se reuniram na noite da última sexta-feira, 14 de setembro, na paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz, para conhecer, ouvir e cantar pela primeira vez o hino oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), intitulado “Esperança do Amanhecer”. O lançamento da canção, que tocará os corações e embalará a vida vocacional e missionária dos jovens de todo o mundo, foi realizado durante a “Festa Aventura da Cruz”, após o show dos cantores católicos: Adriana, Eliana Ribeiro, Walmir Alencar, Olivia Ferreira e Leandro Souza, intérpretes do hino.

O arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio 2013, dom Orani João Tempesta, o núncio apostólico do Brasil, dom Giovanni d'Aniello, e o autor da canção, padre José Candido, fizeram o lançamento oficial do hino. Com uma grande queima de fogos, milhares de fiéis, em Santa Cruz, e outros milhões através das redes sociais e transmissões ao vivo, puderam assistir um vídeo da gravação do hino e cantar a uma só voz, com um só coração, a música que marcará a unidade entre todos os povos durante a JMJ Rio 2013, que será realizada entre os dias 23 e 28 de julho do próximo ano.

“Creio que hoje é um dia muito bonito para todos nós. Lançamos o hino oficial da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, lembrando que foram 180 contribuições e uma escolha difícil para poder definir uma canção que pudesse dizer aquilo que é a JMJ, aquilo que é a juventude, e que também trabalhasse com o lema da Jornada: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ (Mt 28, 19). O hino é lançado também num dia muito especial, ‘Dia da Exaltação da Santa Cruz’, no bairro de Santa Cruz, que comemora os seus 445 anos –, ao mesmo tempo em que sabemos que a Cruz da JMJ percorre diversos estados e municípios do Brasil. (...) Queremos evangelizar e anunciar Jesus Cristo, que morreu na cruz, mas que venceu a morte e ressuscitou, e os jovens são protagonistas desse anúncio hoje e amanhã”, afirmou dom Orani Tempesta.

Entusiasmado com a juventude carioca e com o hino da JMJ Rio 2013, o núncio apostólico do Brasil, dom Giovanni d'Aniello, utilizou o refrão da canção para reafirmar o desejo do papa Bento XVI: que os jovens sejam missionários.

“Estou muito feliz de estar aqui e foi uma experiência única ter me reunido com os jovens. Sei que eles estão muito animados e felizes com a Jornada Mundial da Juventude, que vão compartilhar deste sentimento com os jovens do mundo inteiro, e que farão uma grande Jornada. O refrão do hino diz: ‘Cristo nos convida: venham, meus amigos! Cristo nos envia: sejam missionários!’. Nós convidamos as pessoas que gostamos, nós convidamos as pessoas que são nossos amigos, pessoas importantes, e Cristo nos considera amigos, pessoas importantes, Ele precisa da nossa colaboração, Ele nos convida para estar com Ele e também depois anunciá-lo para o mundo inteiro, para todas as pessoas que ainda não o conhecem e fortalecer aqueles que já o conhecem. Jovens do Rio de Janeiro, sejam missionários do Cristo, levem Cristo aos outros, pois Ele é a verdade, a felicidade e a nossa alegria”, exortou o núncio.

Emocionado, o compositor do hino, padre José Candido, autor de mais de 200 títulos, acompanhou o lançamento e a alegria dos jovens em conhecerem o hino da JMJ Rio2013.

“Estou muito feliz por participar deste momento. A inspiração do hino é o Cristo Redentor, pois, com seus braços abertos, ele nos convida a conhecê-lo, e, quando nós chegamos lá em cima, no alto Corcovado, vemos não só as belezas naturais, mas também as belezas do povo do Rio de Janeiro, que representa o Brasil e o mundo. Olhamos o povo com o olhar de Cristo e sentimos vontade de ir anunciá-lo e transformar esse mundo e vocês, jovens, vão transformar este mundo, eu tenho certeza. Essa é a inspiração, a esperança e a alegria que eu trouxe no coração e queria compartilhar com vocês através do hino”, disse Padre José.

Com uma vasta experiência dentro da música brasileira, o produtor musical Marco Mazzola contou como foi produzir o hino oficial da JMJ Rio2013: “É um sentimento único, porque eu trabalho com a música brasileira há muitos anos e senti uma emoção muito grande quando recebi o desafio de produzir este hino em que a juventude fosse embalada por um ritmo que pudesse representar o nosso Brasil aqui e no mundo. Os jovens são a força desse país, esse país sem os jovens não é nada. Os peregrinos vão chegar e nós vamos acolher a todos com muita alegria e entusiasmo”, destacou.

“O hino é muito especial, porque mostra as qualidades da nossa cidade, o carisma e a graça que o carioca tem. Além disso, apresenta a alegria da nossa juventude em acolher todos os jovens que virão dos outros países para a JMJ Rio 2013. O autor conseguiu expressar toda a beleza e todo o desejo que nós temos de sediar essa Jornada. Estamos muito felizes e o hino conseguiu transmitir isso muito bem, ressaltou Mariana Ferreira, uma das centenas de jovens presentes no lançamento do hino.
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

 

Natal sediará lançamento nacional da CF 2013



A programação de lançamento nacional da próxima Campanha da Fraternidade (CF), cuja temática será juventude, está definida. O planejamento foi feito durante reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 19 de setembro, em Natal (RN). A próxima edição da CF, em 2013, celebra os 50 anos da criação da iniciativa.

Ao abrir a reunião, o arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da Arquidiocese de Natal em sediar o lançamento da CF 2013. “Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo”, disse o arcebispo.

O assessor da CF da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Padre Luiz Carlos lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade. “A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la”, ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral – CONSEP, da CNBB.

Para o lançamento, ficou definida uma visita ao município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha teve início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013; ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20 horas, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, seguida de um show.

Segundo o Padre Luiz Carlos, antes, no dia 13, quarta-feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva. Também participaram da reunião o assessor da Comissão Episcopal para a Juventude, Padre Carlos Sávio Ribeiro; o bispo referencial para a juventude no Regional Nordeste 2, Dom Bernardino Marchió; o bispo referencial para Campanhas para o Regional Nordeste 2, Dom Francisco Lucena; além das coordenações de Campanhas do Regional e a coordenação arquidiocesana do Setor Juventude.

Origem da CF

A primeira Campanha foi realizada na Arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então Administrador Apostólico, Dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da Arquidiocese. A comunidade rural Timbó, no município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.
O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do Administrador Apostólico da Arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty. Dizia, então, Dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.

A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

V Viagem Missionária dos Bispos à Amazônia


De 27 de agosto a 04 de setembro de 2012
 


A viagem missionária de conhecimento da Amazônia dos Bispos Católicos Brasileiros teve como objetivo: divulgar as atividades desenvolvidas pelas Forças Armadas Brasileiras, Dioceses e Prelazias na Amazônia Ocidental. Um conhecimento mútuo entre as autoridades eclesiásticas e as Forças Armadas Brasileiras presentes na Amazônia.

É necessário conhecer melhor a Amazônia brasileira, tão rica e significativa para as presentes e futuras gerações deste nosso amado Brasil.

Todos os Arce/Bispos viajaram na condição de convidados do Ministério da Defesa, na pessoa do Exmo. Sr. Ministro da Defesa, Celso Amorim, hóspedes do Exército Brasileiro e das Dioceses locais. Foram: Dom Osvino José Both - Arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil - Brasília-DF, Dom José Francisco Falcão de Barros - Bispo Auxiliar do Ordinariado Militar do Brasil - Brasília-DF, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena - Bispo de Guarabira-PB, Dom Itamar Vian - Arcebispo de Feira de Santana-BA, Dom Genival Saraiva de França - Bispo de Palmares-PE, Dom Friedrich Heimler - Bispo de Cruz Alta-RS, Dom José Clemente Weber - Bispo de Santo Ângelo-RS, Dom Juarez Souza da Silva - Bispo de Oeiras-PI, Dom Philip Dikmans - Bispo de Miracema-TO, Dom Vartan Waldir Boghossian - Bispo de Rito Armênio - São Paulo-SP, Dom Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo de Uberaba-MG e Dom Manoel João Francisco - Bispo de Chapecó-SC.

Além dos Arce/Bispos, a comitiva de apoio: CelInf RI Paulo Sérgio Ribeiro, TenCelAv Marcos Vinício Dupont, SC Airton de Araújo Sena, SC Brenda Joyce Mendes Lima (Jornalista), SO-ES (FN) e José Carlos da Silva (Fotógrafo). A viagem foiorganizada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do MD (EMCFA), contou com o apoio logístico das três instituições militares: hospedagem a cargo do Exército e Dioceses, transporte por conta da Força Aérea, além do Navio Patrulha Fluvial Pedro Teixeira, da Marinha, que ajudou no deslocamento do grupo.

A comitiva partiu da Base Aérea Brasileira (Brasília-DF, 27/08/2012), passou pela Serra do Cachimbo(PA), Manaus(AM), Boa Vista-RR (28/08/2012), São Gabriel da Cachoeira-AM (29/08/2012), Tefé-AM (30/08/2012), Tabatinga-AM (31/08/2012), Vila Bitencourt-AM (31/08/2012), Porto Velho-RO (01/09/2012), Manaus-AM (02-04/09/2012), Serra do Cachimbo-PA e Brasília-DF (04/09/2012). Em cada cidade, celebração de missa com a participação dos moradores, visitas, palestras, formaturas nas Brigadas de Infantaria de Selva, conhecimento de atividades missionárias da Igreja Católica com a população carente e indígena das regiões.

Os Arce/Bispos foram recepcionados pelos comandantes das unidades militares, que, na ocasião, apresentaram a área de jurisdição dos quartéis, suas operações realizadas e ações cívico-sociais (Acisos), iniciativas que levam à região serviços básicos, como atendimento médico-odontológico, promovem a distribuição de medicamentos e realizam benfeitorias às populações ribeirinhas.


O município de São Gabriel da Cachoeira(AM) convive constantemente com a presença do Exército. Na cidade, o Hospital Militar da Guarnição, instituição de saúde da Força, atende mais pacientes civis da população gabrielense do que os próprios militares e seus dependentes. 

O general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, com sede em Tefé, avaliou a viagem missionária como a propagação “daquilo que o Exército faz tão bem na região amazônica”. Para ele, foi “um grande ganho para a brigada a divulgação da problemática da atuação do Exército numa área tão prioritária, bonita e rica que é a nossa Amazônia”.




O PEF da Vila Bitencourt, Distrito do município deJapurá(AM), fronteira com a Colômbia, com 485 habitantes, abriga 60 militares do Pelotão especial de Fronteira (PEF). Está subordinado ao Comando de Fronteira Solimões, do 8º BIS, quartel do Exército situado em Tabatinga (AM). O acesso até o local somente pode ser feito por avião ou barco. Pela primeira vez os Bispos visitaram o distrito. Na visão de Dom Osvino, responsável pela coordenação da viagem, os Bispos “perceberam até onde as Forças alcançam em uma comunidade tão distante com militares guardando firmes e fortes a fronteira brasileira”. Durante os contatos com as famílias dos militares, formatura, Celebração da Palavra, a potiguar, da cidade de Parelhas, Lucilene da Silva, de 35 anos, esposa do sargento Francilúcio Ferreira Soares, residente na Vila há dois anos, relata: “Não temos padre, mas se tivesse seria bem melhor, porque ajudaria as pessoas a manterem uma convivência de união e de fraternidade e aqui não sobreviveríamos sem a ajuda do Exército e da Força Aérea”. Cabe à Aeronáutica o transporte de suprimentos e medicação para a manutenção das famílias militares, enviados pelo 8º Batalhão de Infantaria de Selva.



A comitiva visitou o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em Porto Velho(RO), localizada no Rio Madeira. Conheceu o grupo gerador um, onde as primeiras quatro turbinas já estão gerando energia para Rondônia e Acre. Foramapresentado os demais grupos geradores, vertedouros, sistema de transposição de peixes, alojamentos, restaurantes, cozinha industrial, viveiro, estação de tratamento de esgoto e a maquete que retrata o empreendimento concluído. Para Dom Osvino, a "obra mostra a inteligência do homem quando se junta com a ciência e a tecnologia. O resultado é o que vemos aqui, uma obra maravilhosa e necessária para o desenvolvimento do país”, afirmou. E Dom Vartan expressou: “Não imaginava uma obra tão grandiosa como esta”. A Santo Antônio Energia é a concessionária responsável pela construção, operação da usina hidrelétrica Santo Antônio, comercialização da energia a ser gerada. A usina, que iniciou a geração comercial de energia, em 30 de março de 2012, gerará, a partir de 2016, energia suficiente para abastecer o consumo de, aproximadamente, 40 milhões de pessoas. O empreendimento tem investimento de R$ 16 bilhões e é referência em construção de hidrelétricas sustentáveis. Os acionistas da Santo Antônio Energia são as empresas Eletrobrás Furnas (39%), Odebrecht Energia (18,6%), Andrade Gutierrez (12,4%), Cemig (10%) e o Caixa FIP Amazônia Energia (20%). A usina hidrelétrica Santo Antônio é uma das primeiras grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, a entrar em operação.



Os 12 Arce/Bispos da CNBB tiveram a oportunidade de conhecer a realidade da Amazônia Ocidental. A missão agora é divulgar essa experiência nos canais católicos de comunicação, bem como as ações desenvolvidas pelas Forças Armadas com a população carente no Norte do país e a situação atual das Dioceses e Prelazias locais. Os Arce/Bispos são considerados pelo Ministério da Defesa como formadores de opinião.


Foi uma viagem inesquecível. Um conhecimento indescritível da região, que constitui uma riquíssima porção do território nacional, desconhecida da maioria do povo brasileiro. A missão na Amazônia é um apelo para todo o Brasil. A Igreja tem uma força muita grande na defesa dos índios. Se não fosse a Igreja, eles já teriam sido dizimados. Os índios são empurrados para fora de suas terras. Atualmente existe o fenômeno urbano que faz as cidades crescerem desordenadamente. Manaus(AM) é uma imensa capital, mas também com uma imensa periferia de pobres. Os povos indígenas, quilombolas, seringueiros, migrantes, ribeirinhos, apesar dos avanços sociais, sofrem violências, misérias e esperam da Igreja solidariedade e apoio. Os grandes projetos que avançam a qualquer custo, como: hidreléticas e o avanço do agronegócio, destroem a floresta e expulsam as populações tradicionais. 

Diante dos inúmeros desafios sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e eclesiais da realidade amazônica, voltei da viagem missionária muito edificado e sensibilizado. Ví uma Igreja viva e atuante. A vida do povo, a simplicidade e a fé nos encantam. Contudo, uma Igreja necessitada de solidariedade. Vemos uma realidade desafiadora e ameaçadora. Foi sugerido um encontro dos 62 Arce/Bispos, participantes das cinco Viagens Missionárias à Amazônia, com a Comissão Episcopal para a Amazônia e os Bispos da Amazônia, em 2013, durante a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, em Aparecida-SP, para encaminhar ações solidárias com as Igrejas Particulares da Amazônia.

"Levantaram-se, voltaram e contaram o que tinha acontecido no caminho" (cf. Lc 24,33.35).

A Amazônia é para todos nós um apelo missionário.

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena - Bispo de Guarabira(PB) – 5ª Viagem Missionária à Amazônia.