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sábado, 22 de dezembro de 2012

ARTIGO: O Serviço da Caridade


  
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo Diocesano de Guarabira
Secretário da CNBB - Regional Nordeste 2



O serviço da caridade é importante para a Igreja. O Papa Bento XVI tem indicado à Igreja a caridade como caminho principal para exprimir ao mundo a natureza da Igreja. Na sua primeira Encíclica “Deus caritas est” fala que o Código de Direito Canônico não trata explicitamente da caridade como de responsabilidade específica da missão do Bispo (cf. DCE, 32). Esta lacuna foi preenchida com a publicação do Motu Próprio “Intima Ecclesiae Natura” sobre o serviço da caridade, no dia primeiro de dezembro de 2012, fornecendo normas que sirvam para um ordenamento das diversas formas de organismos na Igreja a serviço da caridade. Este serviço constitui uma expressão da “natureza íntima da Igreja”, assim como a proclamação da Palavra de Deus e a Celebração dos Sacramentos (DCD, 25). Sendo assim, é de responsabilidade do Bispo, como sucessor dos apóstolos, a realização na Igreja do serviço da caridade. Daí uma atenção particular à promoção deste serviço a nível diocesano e paroquial, garantindo a comunhão e o diálogo entre os diversos organismos caritativos. Que todas as Paróquias tenham o serviço da caridade. As atividades de caridade social sejam acompanhadas de perto, civil e canonicamente legais e compatíveis com a doutrina da Igreja Católica. É missão da Igreja viver no amor de Deus e na sua bondade. Deus é caridade, porque é único, e, contudo, não está sozinho. Ele é Pai e Filho e Espírito Santo. Estas pessoas divinas se amam e se doam reciprocamente. Para uma comunidade cristã a atenção pelos necessitados e sofredores não é uma atividade acessória à ação da Igreja, mas é essencial. É necessária a formação do bispo para não se cansar de fazer da ação pastoral uma atividade caritativa. Como a formação dos fiéis, para que vivam a caridade e conheçam cada vez mais o mistério de Cristo, modelo de amor. Esse Motu Próprio sobre o serviço da caridade, promulgado no Ano da Fé, nos recorda que a fé sem obras é morta, e sem a fé as obras perdem o seu sentido profundo. Sem esquecer que o serviço da caridade na Igreja é um grande meio de evangelização. Que a Igreja possa resplandecer o rosto de Cristo, luz dos povos, da qual ela é apenas reflexo. É preciso praticar a caridade e por ela expressar o amor de Deus no mundo. A Fé e a Caridade são inseparáveis. Deus pede sempre a nossa livre adesão à fé, que se exprime no amor para com Ele e para com o próximo. Que o Natal seja vivido com fé, na caridade, não só como uma festa exterior, mas como a Festa do Filho de Deus.

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