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domingo, 7 de setembro de 2014

O Dia da Pátria

Neste dia 7 de setembro, comemoramos o aniversário da Independência do Brasil. Um dia de festejos, reflexões e manifestações diversas. Participamos dos “gritos” de brasileiros que ainda não sentiram os benefícios daquele grito que tornou o Brasil um País autônomo e gestor do seu próprio destino. 

Nas ruas e praças do Brasil, o povo grita uma vez mais, de muitas maneiras, o que julga não andar bem. Não se nega que o Brasil melhorou e tem gerado benefícios. Mas a pobreza continua grande, e vários serviços essenciais ao povo continuam muito deficitários e ineficientes. 

A dignidade da pessoa humana deve ser o centro de todas as preocupações. Os vícios da política brasileira e suas mediocridades não justificam o desânimo, a falta de envolvimento e empenho por parte dos cidadãos e cidadãs. Reformas precisam ocorrer para que um cenário novo se desenhe, superando o modo ultrapassado de se fazer política no Brasil. Sabe-se que sem reformas política, tributária, fiscal e outras não se avançará para além de discursos repetitivos e promessas vazias. Para que as reformas aconteçam, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e centenas de entidades continuam, neste Dia da Pátria, a investir no Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política. Ao oferecer critérios adequados para avaliar a qualidade dos candidatos ao Executivo e, sobretudo, ao Legislativo, esta proposta impactará a realidade política do Brasil. Não custa nada contribuir com sua assinatura e buscar outras, entre amigos e familiares. Só assim, será possível se chegar ao número exigido de adesões para que o projeto da Reforma Política passe a tramitar no Congresso Nacional. 

É possível afastar o poder econômico das eleições e cobrar coerência de candidatos e partidos. Não se pode simplesmente, como acontece atualmente, depositar tudo nas mãos de algumas pessoas para que governem e legislem a partir de interesses próprios, de trocas e de pagamento de favores. É preciso ampliar a participação do povo nas principais decisões. 

Neste mesmo ato de coleta de assinaturas pela Reforma Política, como celebração digna do Dia da Pátria, se faz o recolhimento de votos por uma Assembleia Nacional Constituinte para mudar o sistema político no Brasil. 
O caráter popular deste plebiscito é um exercício importante de cidadania e com impacto nas instâncias governamentais para que convoquem um plebiscito oficial. O gesto cidadão de participar desta coleta de assinaturas e deste plebiscito popular por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político ajudará a desenhar um novo cenário justo para todos os brasileiros.

As comemorações do Dia da Pátria continuaram no Brejo Paraibano até o próximo dia 13, data da realização do 20º Grito dos (as) Excluídos(as) – ocupar ruas e praças por liberdade e direitos -, em Araçagi-PB, a partir das 14h, na Paróquia de São Sebastião.

Exaltemos nossos sentimentos patrióticos e recobremos a nossa esperança numa Pátria verdadeiramente independente.

Abençoai, Senhor, nossa pátria, que sejamos um povo irmão e solidário, e que os governantes respeitem o bem comum e não tratem seus concidadãos como objetos políticos. 


Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de Guarabira (PB)

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