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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Alegrai-vos no Senhor

O terceiro domingo do Advento é conhecido como o domingo da alegria. São Paulo diz: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4). “Alegrai-vos!” O Profeta Sofonias convida: “Canta de alegria, rejubila, alegra-te e exulta de todo o coração” (Sf 3,14).  O Salmo 12 exorta: “Exultai cantando alegres”.
Qual o motivo de tamanha alegria? Para um cristão, para alguém responsável, e realmente consciente, é possível alegrar-se, quando há tanta dor no mundo, tanto fracasso, corrupção, pecado, tristeza, solidão e morte? Alegrar-se num mundo assim, não seria uma falta de solidariedade, uma falta de compaixão para com quem sofre? E, no entanto, insiste: Alegrai-vos! Mas, “alegrai-vos sempre no Senhor!” Eis o modo de alegrar-se, no Senhor, porque ele pode sustentar nossa existência, ele pode dar sentido às nossas dores e nos consolar depois da pena! E prossegue: “Alegrai-vos: o Senhor está perto”. O motivo da nossa alegria é a certeza que Deus não nos abandonou, a convicção de que ele é um Deus presente e que, no seu Filho Jesus, ele veio pessoalmente ao nosso encontro. Então, alegrai-vos, pois ainda que haja tantas realidades dolorosas e sombrias, o Senhor está perto com seu amor, sua misericórdia, sua salvação. E o nome dessa salvação é Jesus! 
            Este domingo, 13 de dezembro de 2015, além de ser o terceiro domingo do Advento é o Dia da Coleta Nacional para a Evangelização e da abertura da Porta Santa na Catedral Nossa Senhora da Luz, em Guarabira, às 8h30, do Ano Santo da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, no dia 08 p.p., Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora e a Instituição no Ministério de Acólito de 16 aspirantes ao diaconato permanente.
A abertura da Porta Santa na Catedral dá início ao Jubileu da Misericórdia nesta querida Diocese de Guarabira.Passamos por muitas portas no dia a dia. Algumas portas nós mesmos abrimos e fechamos, outras são abertas para nos acolher. Mas também podemos ter decepções e tristeza quando necessitamos de ajuda, e encontramos portas fechadas. Portas que não são abertas, porque não são solidárias e misericordiosas com os que padecem. Há uma porta na nossa vida que só nós mesmos podemos abrir. Talvez seja a mais difícil. É aquela do nosso coração. Quando abrimos esta porta, entramos em comunhão conosco, com a realidade dos irmãos, com o mundo e com Deus. 
Eis o tempo favorável para sermos tocados pelo Senhor Jesus e transformados pela sua misericórdia para nos tornarmos, também nós, testemunhas da misericórdia. Tempo para se confessar, comungar, meditar sobre asobras de misericórdia e ser solidário.
Acolhamos todos a misericórdia divina e procuremos viver na vida de fé a experiência do amor e da misericórdia do Pai. Que nossa alegria esteja numa vida vivida na presença de Deus. Vem, Senhor Jesus! Jesus Misericordioso!  Vem e renova o nosso coração e o coração do mundo.


Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de Guarabira(PB)

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